Blog da Leardi

Os condomínios-clubes dominam a cena no mercado imobiliário

  • 28/06/2023

Os tradicionais clubes esportivos, que sempre viveram de mensalidades, começaram a perder associados com a multiplicação de prédios nas grandes cidades. Eles roubaram a “clientela” que passava a carteirinha na catraca de entrada dessas agremiações incrementando as chamadas áreas comuns com piscinas, quadras poliesportivas e mini-academias de ginástica. A oferta desses atrativos num ambiente seguro transformou esses endereços em espaços preferenciais de muitas famílias brasileiras.


Nos últimos tempos, os condomínios expandiram ainda mais a oferta de serviços. A tendência agora é transformar esses endereços em mini-cidades, com serviços que vão além das áreas de esportes e de lazer. Mais uma vez, o período da pandemia ajudou a acelerar a tendência de transformação. Configurou-se o pensamento de que hora útil é mais importante que hora-extra, o que popularizou o home-office. A quantidade maior de gente trabalhando em casa fez os condomínios incrementar as infraestruturas digital e física, sendo que alguns hoje têm quase espaços com as mesmas facilidades dos chamados coworkings. Dentro dessa mesma lógica, com as pessoas evitando fazer deslocamentos, surgiu também a necessidade de oferecer dentro dos prédios uma área de comércio, que inclui minimercado e serviços necessários para viabilizar despacho de documentos e encomendas.


O Honest Market é um desses serviços. O nome, que em livre tradução para o português significa “mercado honesto”, refere-se a espaços reservados para pequenas compras, como uma loja de conveniência com auto-atendimento com vitrines dispostas nos condomínios 24 horas por dia para atender os moradores. São concebidas sob medida para socorrer uma emergência, seja um vinho que faltou em um jantar, fralda para ser resposta na dispensa ou comida para cachorro. O nome “honesto” já é um spoiler de como funciona o serviço. Sem controle de funcionário, os produtos ficam dispostos para a retirada dos próprios condôminos que podem pagar na hora através de um código de reconhecimento do apartamento ou receber posteriormente a conta adicionada ao boleto do condomínio.


Uma facilidade é que esses minimercados podem ser instalados em módulos customizados conforme a necessidade e regras do condomínio e muitas empresas oferecem o serviço de montagem e gestão desse comércio em prédios residenciais. “O mercado aqui do prédio é uma grande ajuda nas emergências. Já perdi a conta de quantas vezes busquei refrigerante e sobremesa. Na época da pandemia, então, não existia coisa melhor. Não podíamos ir ao mercado, e ele vindo ao nosso encontro”, afirmou à coluna Manuela Caffarelli, moradora de um dos prédios que contam com esse serviço, no bairro do Brooklin na capital paulista.


Além da comodidade das comprinhas, os condomínios têm inovado para dar mais praticidade para todos. Em um prédio como o de Manuela, a quantidade de serviços oferecidos é tão grande que o local ficou com a cara de um mini-bairro. O elevador já avisa das promoções do salão de beleza da semana. Isso mesmo, ali dá para cortar o cabelo e fazer as unhas no térreo. Outro aviso é a lembrança que toda terça feira acontece uma feira em espaço reservado no prédio oferecendo uma relação de hortifruti a preços especiais. As crianças recebem uma atenção especial, com monitores fazendo diversas atividades durante a semana, decoração das festas e aulas de esporte com professores especializados para o público infantil. Os condomínios pensaram até nos cachorrinhos, oferecendo passeadores e até creche.


Os benefícios de serviços diferenciaria como um Honest Market não se limitam apenas aos moradores. O próprio condomínio agrega valores e soluções com esse tipo de estabelecimento, como conforto, segurança e potencial de valorização do imóvel. Num futuro próximo, já se fala até em empreendimentos com pistas de pouso demarcadas para drones programados para fazer pequenas entregas. Com a pizza literalmente chegando voando pela janela do apartamento, quem vai querer sair de casa?


Fonte: https://veja.abril.com.br/



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